O conflito entre Índia e Paquistão ficou ainda mais tenso nesta quarta-feira (7) com bombardeios das forças de Nova Délhi contra o país vizinho e uma troca de disparos de artilharia na disputada região da Caxemira, um conflito que deixou 26 mortos do lado paquistanês e 12 do lado indiano. A Índia anunciou a destruição de “nove acampamentos terroristas” em território paquistanês. O Paquistão afirmou que derrubou cinco aviões de combate da Índia e denunciou as mortes de 26 civis inocentes, incluindo duas crianças, no bombardeio indiano.
Nova Délhi informou que pelo menos 12 pessoas morreram e 38 ficaram feridas na localidade indiana de Poonch devido aos disparos da artilharia paquistanesa. Um porta-voz do Exército paquistanês anunciou o balanço de 26 mortos em um bombardeio indiano.
Em meio à violência, o Comitê de Segurança Nacional do Paquistão pediu à comunidade internacional que “responsabilize” a Índia pela violação do direito internacional. No entanto, o ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, insistiu que os “alvos” foram “destruídos com grande precisão, garantindo que a população civil […] não fosse afetada” e enfatizou que Nova Délhi exerceu seu “direito de responder a um ataque em [seu] território”.
As hostilidades entre as duas potências nucleares aumentaram após um atentado em 22 de abril na parte indiana da Caxemira que provocou 26 mortos. Nova Délhi responsabiliza Islamabad pela ação, mas o Paquistão nega. A Caxemira é uma região de maioria muçulmana dividida entre a Índia e o Paquistão, disputada pelos dois países desde que se tornaram independentes do Reino Unido em 1947.
*Com informações da AFP